
A audiência decorreu no Tribunal Superior de Durban, onde a defesa da arguida pediu a retirada das acusações. O Ministério Público, contudo, insiste que as publicações de Zuma-Sambudla nas redes sociais — nomeadamente no WhatsApp e no Twitter — desempenharam um papel importante na mobilização que levou às manifestações e aos episódios de violência.
Zuma-Sambudla, actualmente deputada no Parlamento e membro destacado do partido uMkhonto weSizwe (MK), nega ter incentivado qualquer ação ilegal, classificando as acusações como “politicamente motivadas”.
Os distúrbios de Julho de 2021 eclodiram após a detenção de Jacob Zuma, condenado por desacato ao tribunal no âmbito de uma investigação de corrupção durante o seu mandato (2009–2018).
As províncias de KwaZulu-Natal e Gauteng foram as mais afetadas, registando saques em massa, destruição de propriedades e confrontos generalizados.
Embora os procuradores defendam que as publicações online de Zuma-Sambudla contribuíram para o clima de violência, a arguida afirma que nunca apelou ao desrespeito da lei. O tribunal deverá anunciar a decisão sobre o caso nas próximas semanas.
Fonte Diário de Moçambique