Filha de Zuma rejeita acusações de incitar os distúrbios de 2021


Duduzile Zuma-Sambudla, filha do antigo Presidente sul-africano Jacob Zuma, negou em tribunal qualquer envolvimento na alegada incitação aos violentos distúrbios que abalaram a África do Sul em 2021, resultando em mais de 350 mortos.

A audiência decorreu no Tribunal Superior de Durban, onde a defesa da arguida pediu a retirada das acusações. O Ministério Público, contudo, insiste que as publicações de Zuma-Sambudla nas redes sociais — nomeadamente no WhatsApp e no Twitter — desempenharam um papel importante na mobilização que levou às manifestações e aos episódios de violência.

Zuma-Sambudla, actualmente deputada no Parlamento e membro destacado do partido uMkhonto weSizwe (MK), nega ter incentivado qualquer ação ilegal, classificando as acusações como “politicamente motivadas”.

Os distúrbios de Julho de 2021 eclodiram após a detenção de Jacob Zuma, condenado por desacato ao tribunal no âmbito de uma investigação de corrupção durante o seu mandato (2009–2018). 

As províncias de KwaZulu-Natal e Gauteng foram as mais afetadas, registando saques em massa, destruição de propriedades e confrontos generalizados.

Embora os procuradores defendam que as publicações online de Zuma-Sambudla contribuíram para o clima de violência, a arguida afirma que nunca apelou ao desrespeito da lei. O tribunal deverá anunciar a decisão sobre o caso nas próximas semanas.


Fonte Diário de Moçambique 

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