Guerreiro nasceu a 6 de novembro de 1947, em Mutarara (Província de Tete), mas viveu grande parte do tempo em Sofala.
Começou o desporto federado no Sporting da Beira, onde defendeu as redes das equipas de juniores ("B" e "A"). Sagrou-se bicampeão provincial de juniores pelo Sporting da Beira. Um dos jogos memoráveis foi a vitória por 7-1 sobre o Desportivo de Lourenço Marques em 1965.
Cumpriu serviço militar em Lourenço Marques (atual Maputo), onde se inscreveu na Académica, mas foi transferido para a Zambézia antes de jogar. No Rio dos Bons Sinais, representou o Sporting de Quelimane por pouco tempo e esteve em Morrumbala devido à operação militar "Nó Górdio".
Ao regressar definitivamente a Maputo, jogou no Primeiro de Maio, sendo treinado por Martinho de Almeida e Júlio Rito.
Foi no Estrela Vermelha onde iniciou-se no dirigismo como vice-presidente e foi um dos mentores da equipa de veteranos (onde também jogou).
No Maxaquene, considerado o seu "clube do coração", foi vice-presidente para a área social e cultural durante 3 anos (mandato de José Viegas), tendo sido responsável pela organização dos espectáculos da cantora PJ Powers em Moçambique.
Seu ponto mais alto foi quando assumiu a presidência da Federação Moçambicana de Futebol, como 4º presidente da história entre 1993-1998.
Foi durante este período em que a Selecção Nacional passou a ser conhecida pela alcunha "Mambas". Durante o seu mandato, Moçambique qualificou-se e participou no CAN 1996 (África do Sul) e no CAN 1998 (Burquina Fasso).
Sob a sua liderança, a selecção nunca perdeu jogos realizados no Estádio da Machava durante 5 anos.
Hoje, aos 78 anos, morre Mário Guerreiro vítima de morte súbita.
Descanse em paz guerreiro!
