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Maputo, MoΓ§ambique – O Partido ANAMOLA denunciou publicamente aquilo que considera ser uma grave inconstitucionalidade no processo de submissΓ£o e aprovaΓ§Γ£o conjunta do Plano EconΓ³mico e Social (PES) e do OrΓ§amento do Estado (OE), agregados num ΓΊnico instrumento legislativo.

AtravΓ©s das suas plataformas oficiais nas redes sociais, o partido alertou que esta prΓ‘tica contraria a ConstituiΓ§Γ£o da RepΓΊblica de MoΓ§ambique, a qual estabelece que o PES e o OE devem ser apreciados e aprovados em instrumentos legislativos distintos. Segundo o ANAMOLA, a fusΓ£o dos dois documentos num ΓΊnico diploma viola princΓ­pios constitucionais fundamentais e compromete o regular funcionamento do Estado de Direito.

Apesar do alerta lanΓ§ado, as bancadas parlamentares do PODEMOS, RENAMO e MDM terΓ£o ignorado o pronunciamento do partido, avanΓ§ando com o processo legislativo que culminou na aprovaΓ§Γ£o do referido instrumento no dia 13 de dezembro de 2025.

Em comunicado, o ANAMOLA reafirma a sua responsabilidade perante o povo moΓ§ambicano e sublinha o seu compromisso com a defesa do Estado de Direito DemocrΓ‘tico, defendendo que o respeito rigoroso pela ConstituiΓ§Γ£o e pela legalidade deve prevalecer acima de quaisquer interesses polΓ­ticos ou conjunturais.

Neste contexto, o partido insta as entidades competentes a submeterem um pedido de fiscalizaΓ§Γ£o preventiva da constitucionalidade da lei que aprova o denominado “PESOE”, argumentando que a ConstituiΓ§Γ£o nΓ£o consagra a existΓͺncia de um instrumento ΓΊnico com essa designaΓ§Γ£o, tal como foi aprovado pela Assembleia da RepΓΊblica.

“O respeito pela ConstituiΓ§Γ£o nΓ£o Γ© opcional. O Estado de Direito exige observΓ’ncia estrita da lei”, sublinha o comunicado, acrescentando que o ANAMOLA continuarΓ‘ atento e vigilante na defesa da legalidade constitucional em MoΓ§ambique.


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