
Nas eleições gerais realizadas no dia 29 de outubro de 2025, a presidente Samia Suluhu Hassan surge como favorita absoluta, mas em meio a um cenário político altamente controverso.
Os principais candidatos da oposição foram desqualificados e detidos, enquanto plataformas digitais foram bloqueadas e manifestações reprimidas em várias regiões do país.
Organizações internacionais de direitos humanos denunciam um aumento da repressão política, alertando para uma erosão preocupante da democracia na Tanzânia.
Com a ausência quase total de adversários reais e um ambiente eleitoral desigual, críticos afirmam que este poderá ser o pleito menos competitivo desde a introdução do multipartidarismo no país.
Centenas de jovens, maioritariamente da chamada Geração Z, protagonizaram ontem (29) protestos na Tanzânia, manifestando insatisfação com o processo eleitoral em curso no país.
Os manifestantes contestam a ausência de concorrência efetiva nas eleições, já que a Presidente Samia Suluhu Hassan surge como a única candidata com viabilidade eleitoral. Grande parte das principais figuras da oposição foi detida, desqualificada ou impedida de participar no pleito, segundo denúncias de partidos opositores e organizações cívicas.
Durante os protestos, foram registados incidentes em que jovens invadiram locais de votação e destruíram urnas, em sinal de rejeição ao processo e ao atual governo. As autoridades ainda não divulgaram um balanço oficial sobre detenções ou eventuais feridos.
A situação reacende o debate sobre a abertura democrática e a participação política na Tanzânia, num cenário em que organizações internacionais e analistas têm alertado para o crescente cerco à oposição no país.