Um crime que chocou o país. O desaparecimento do jovem taxista Egas Bié terminou de forma trágica, quando o seu corpo foi encontrado sem vida dias depois de ser dado como desaparecido. O caso gerou comoção nas redes sociais e indignação na opinião pública.
Segundo o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Egas Bié foi assassinado durante um dia normal de trabalho, enquanto transportava os seus próprios assassinos. Após intensas investigações, o SERNIC apresentou, na sexta-feira, oito suspeitos de envolvimento no homicídio, três dos quais confessaram o crime.
Os acusados afirmam que agiram movidos pela fome e pela ganância. Um dos detidos declarou:
“Entrou um espírito de desespero, estávamos com fome e decidimos fazer um plano. Achámos que, usando o aplicativo Yango, poderíamos ter acesso a um carro que nos desse algum dinheiro.”
Os outros cinco suspeitos foram apontados como cúmplices, por alegadamente terem ajudado a ocultar o crime e tentado vender o carro da vítima por apenas 30 mil meticais — metade do valor inicialmente desejado.
De acordo com informações divulgadas, um dos principais autores do crime já era procurado pela polícia, com um mandado de captura pendente. Um dos suspeitos confessou ainda que Egas Bié foi asfixiado até à morte, após ter sido atraído por um falso pedido de transporte feito pelos criminosos.
O trágico desfecho do caso levanta mais uma vez o debate sobre o impacto da fome, do desemprego e da perda de valores humanos na sociedade.
Fonte TVSucessoDoPovo
