Negligência médica: mulher grávida morre no Hospital Central de Nampula após alegada cobrança ilícita

Uma mulher grávida de 48 anos perdeu a vida na noite deste sábado, na maternidade do Hospital Central de Nampula (HCN), em circunstâncias que levantam fortes suspeitas de negligência médica associada a uma alegada cobrança ilícita.

Segundo informações apuradas, a vítima, grávida de 10 meses, foi transferida do Centro de Saúde de Nametil, no distrito de Mogovolas — a cerca de 70 quilómetros da cidade de Nampula — para o HCN, onde deveria ser submetida a uma cesariana, dada a necessidade de acompanhamento médico especializado.

Contudo, de acordo com relatos de familiares, a mulher só terá recebido assistência médica cerca de cinco horas após a sua chegada, por volta das 19h00, quando já se encontrava em estado crítico. Pouco tempo depois, acabou por falecer, alegadamente devido a uma rotura uterina — informação ainda por confirmar pelas autoridades hospitalares.

Os familiares acusam o médico de serviço de ter recusado o atendimento imediato, alegando tratar-se de uma “bolada”, termo usado para descrever uma gratificação ilícita entre colegas. O clínico teria afirmado que não interviria até que o valor da suposta gratificação fosse esclarecido.

A situação torna-se ainda mais chocante pelo facto de alguns familiares da vítima serem profissionais de saúde no mesmo hospital. Apesar disso, o médico terá mantido a recusa, limitando-se a solicitar seis unidades de sangue momentos antes do óbito — a única intervenção registada durante o internamento.

Perante as alegações, os familiares exigem justiça e responsabilização dos envolvidos. A equipa de reportagem tentou contactar o médico de serviço, sem sucesso, tendo o seu substituto declarado desconhecer detalhes sobre o caso.

Fonte Sixtvmoz 

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