A moda Moçambique: população recorre a VPN após corte de internet na Guiné-Bissau

Na tarde de ontem, a Guiné-Bissau foi abalada por um alegado golpe de Estado — segundo relatos de múltiplos portais internacionais — o que resultou no corte total e numa forte limitação do acesso à internet em todo o país. A restrição atingiu redes sociais e plataformas de informação, deixando muitos cidadãos sem meios convencionais de comunicação e acesso à informação.

Uso de VPN como alternativa

Perante a impossibilidade de aceder livremente aos canais digitais, um número significativo de guineenses passou a recorrer ao uso de redes privadas virtuais (VPN). Esta prática tornou-se a principal via para manter ligações com o exterior e continuar a acompanhar eventos e desenvolver contacten com o mundo — uma solução que já se tornara habitual em momentos de crise na região.

Vozes críticas e mobilização popular

Entre as figuras que reagiram está o candidato independente Fernando Dias — detido por algumas horas ontem — que, num vídeo publicado nas redes sociais, classificou o alegado golpe como “um golpe falso”. Segundo ele, existem “muitos pontos duvidosos” que colocam em causa a validade da ação militar, sugerindo até a possibilidade de envolvimento direto do próprio Presidente, agora posicionado como suposta “vítima”. Ainda em sua mensagem, apelou à população para sair às ruas e exigir “a verdade eleitoral”, convocando manifestações em protesto contra o que considera ser um processo político manipulado.

À sombra das reformas e lembranças de Moçambique

O recurso massivo à VPN e à internet alternativa reacende memórias recentes vividas em Moçambique, onde, no ano passado, — durante episódios de manifestações — foram registadas restrições similares no acesso à internet. Na altura, muitos utilizadores moçambicanos adotaram soluções como VPN para contornar bloqueios e manter o fluxo de informação num contexto de tensão social e política.

Conclusão: controlo da informação e reação popular

Para vastas parcelas da população guineense — e de observadores internacionais — a interrupção do acesso digital representa uma clara tentativa de limitar a circulação de informação num momento crítico. O recurso generalizado a VPN reflete não só a resiliência dos cidadãos, mas também a urgência de preservar meios de comunicação livres e plurais, especialmente em contextos de crise política.

Fonte Hora da Verdade 

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