O cérebro prioriza memórias negativas como mecanismo de sobrevivência

Estudos em psicologia e neurociência indicam que o cérebro humano funciona como um sistema de alerta permanente voltado para a sobrevivência. Essa característica faz com que experiências negativas sejam registadas com maior intensidade do que palavras ou situações positivas, fenómeno conhecido como viés de negatividade.

De acordo com investigadores da área da memória emocional, críticas e ofensas desencadeiam respostas neurais e hormonais mais fortes, o que explica porque permanecem vivas na memória durante muitos anos. Essas experiências são fixadas com maior firmeza no hipocampo e na amígdala, regiões do cérebro associadas ao aprendizado, às emoções e à autoproteção.

Em contraste, elogios e palavras gentis transmitem sensação de segurança e, por isso, não exigem o mesmo nível de atenção do cérebro. Como resultado, tendem a ser descartados mais rapidamente, muitas vezes em poucas semanas.

Especialistas sublinham que este processo não está relacionado com ingratidão, mas sim com um mecanismo natural que mantém a mente preparada para identificar e reagir a possíveis ameaças ao longo da vida.


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