Contradições no Governo sobre pagamento das horas extras dos professores geram indignação

O Governo voltou a contradizer-se quanto ao pagamento das dívidas referentes às horas extraordinárias dos professores, pendentes desde 2023.

Enquanto a ministra das Finanças, Carla Louveira, assegura que a prioridade é liquidar os valores ainda no exercício corrente, o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, garantiu na última terça-feira (07) que todas as dívidas seriam pagas até 30 de novembro.

No entanto, a ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, apresentou uma versão diferente na quinta-feira (09), afirmando que “não é possível pagar uma dívida de três anos num só ano”, salientando que ainda decorre o processo para encerrar as pendências de 2023 antes de avançar para os anos seguintes.

A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) reagiu com descontentamento, considerando as declarações desencontradas dos governantes como mais uma “mentira” em torno das horas extras.

Em artigo publicado no Jornal Rigor, o vice-presidente e porta-voz da ANAPRO, Daniel Muntaua, questiona:

“Afinal, quem fala a verdade? E por que o professor tem de ser o único responsável por um problema que é claramente do Governo, que apenas justifica e não paga?”

A ANAPRO reafirmou o seu compromisso na defesa dos direitos da classe docente, alertando que não aceitará mais distrações nem promessas vagas. Segundo o comunicado, o Executivo apenas demonstra preocupação no final do ano, período em que procura assegurar os exames e resultados, para depois voltar ao silêncio habitual.

“Se for necessário, voltaremos a uma greve generalizada para exigir nossos direitos”, advertiu a associação.

A classe docente lamenta ainda o fechamento das vias de diálogo durante todo o ano, acusando o Governo de usar a desinformação como estratégia para desmobilizar os professores.

Fonte MozNews 

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