
O continente africano encontra-se em processo de transformação geológica lenta, mas significativa. De acordo com especialistas, a África está a dividir-se ao longo do Sistema de Fenda do Leste Africano (EARS), uma extensa falha que separa a placa tectónica africana em duas partes: a núbia e a somali.
Este fenómeno, conhecido como rifteamento continental, é impulsionado pelo movimento das placas tectónicas e pela subida de uma pluma mantélica proveniente do interior da Terra.
Embora o deslocamento aconteça a um ritmo quase impercetível — de poucos milímetros a centímetros por ano — já existem evidências visíveis. Entre elas estão fissuras profundas registadas na Etiópia e no Quénia.
Os cientistas destacam ainda que este processo é semelhante ao que, há milhões de anos, originou o Mar Vermelho e o Golfo de Áden, ilustrando como a dinâmica da Terra continua a moldar o planeta.