
Em conferência de imprensa havida esta segunda-feira (04) em Maputo, o presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, explicou que a exigência para a mudança da comissão deve-se incumprimento dos protocolos acordados nas sessões anteriores de diálogo, facto que atrasa as negociações com o Governo.
A comissão, segundo Muchave, não tem seguido o seu papel de mediador e representante do Governo.
“Nós, como associação, estamos a ser ignorados, porque já colocamos esses dados ao Governo e o Executivo colocou uma equipa que ignora e cria grupos de WhatsApp. O Governo devia ter vergonha de criar grupos de WhatsApp para tratar assuntos que tratam de vidas”, referiu Muchave, citado pela AIM.
Recorde-se que a carta reivindicativa da APSUSM, submetida ao Governo em 2023, inclui pagamento de horas extraordinárias, turnos, exclusividade, o re enquadramento definitivo do regime geral e específico do Sistema Nacional de Saúde (SNS), bem como do pagamento de salários fixos e em datas fixas.
“Todos esses problemas continuam a ser ignorados. O que acontece é que o Governo diz que está a resolver, mas não tem nenhum protocolo daquilo que está a ser feito”, afirmou, frisando que a comissão criada pelo Governo não tem um protocolo com os pontos acordados.
“A equipa do Governo só diz que já resolvemos isto. Não tem nenhum documento protocolado, mas diz que já resolveu”, acrescentou.
Em Março último, a APSUSM anunciou a retoma da greve, por tempo indeterminado, caso o Governo não respondesse às preocupações que inquietam a classe. A ameaça surge dois anos após a assinatura dos acordos entre o Governo e a associação, para busca de uma resolução da carta reivindicativa
Fonte: MozNews