O Chefe dos Recursos Humanos e um técnico de contabilidade estão detidos por, supostamente, terem desviado mais de sete milhões de meticais dos cofres do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), em Inhambane.
O Gabinete provincial de Combate à Corrupção ordenou a detenção dos referidos funcionários do STAE, com o processo 51/08/2024, a fim de evitar que eles obstruam as investigações.
Conforme avança a Rádio Moçambique, os indiciados terão manipulado o sistema electrónico de pagamento de salários aos funcionários do Estado, e-SISTAFE, entre 2018 e 2022 para sacar valores.
Os saques foram descobertos em Novembro do ano passado, e, com o caso, no processo estão arrolados mais três arguidos que não pertencem ao aparelho do Estado. O seu papel era de facilitar o uso de suas contas bancárias para receber os valores.
A fraude foi descoberta no próprio STAE quando ficaram evidentes as discrepâncias após serem confrontados os dados do sistema e do mapa de rubricas do pagamento de pessoal, produzido pelos funcionários detidos. As investigações apuraram que valores eram mensalmente retirados da rubrica.
“Não pudemos desenvolver mais sobre esse [assunto] para não ferir o segredo de justiça. O processo corre, e acautela os passos subsequentes” disse, a Procuradora provincial Cátia Mussa. Ela assegurou haver elementos bastantes que evidenciavam a prática de corrupção.
