Há cada vez mais jovens com hepatite alcoólica

 O Instituto Nacional de Saúde (INS), alerta que há cada vez mais jovens a sofrerem de hepatite alcoólica. 

A conclusão resulta de um estudo científico realizado com o objectivo de avaliar a prevalência e os factores associados ao uso de álcool e drogas entre adolescentes e jovens em Moçambique.

 A pesquisa, direccionada a indivíduos de 13 a 24 anos, consistiu em uma análise secundária de dados do Inquérito sobre a Violência contra a Criança em Moçambique (InVIC 2019), com foco na prevalência e nos padrões de consumo autorrelatado de álcool e drogas, bem como nos potenciais factores sociodemográficos e comportamentais associados ao consumo de substâncias entre os jovens.

Os resultados apontaram que a prevalência geral do consumo de álcool foi de 29,7 por cento e o uso de drogas de 22,5 por cento. Entre os indivíduos de 18 a 24 anos o consumo de álcool assim como o uso de drogas foram significativamente maiores em comparação com aqueles com idade entre 13 e 17 anos

As mulheres foram significativamente menos propensas a relatar o uso de drogas em relação aos homens e os indivíduos casados ou em união estável relataram menor uso de álcool.

“O que temos visto agora é que há cada vez mais consumo de bebidas destiladas, algumas feitas de forma caseira e com um teor alcoólico maior do que o habitual. Isto pode criar danos ao fígado, levando à inflamação aguda, que pode culminar em danos irreversíveis em que o órgão entra em falência, deixando de exercer as suas funções, o que pode ser fatal”, explica a Médica Gastroenterologista do HCM, Liana Mondlane.

A hepatite alcoólica tem potencial de cura, mas o tratamento principal é a abstinência total. Se o consumo do álcool for interrompido e o tratamento adequado for seguido, a doença pode regredir e o fígado se recuperar, especialmente se a doença não estiver em estágio avançado.

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