
Supostos agentes do SERNIC invadiram um estabelecimento comercial no Distrito de Boane, em Maputo, com um suposto mandado de apreensão "confuso", esvaziaram a loja e conduzem às celas o proprietário sem que houvesse julgamento e foi liberto sem nenhuma explicação clara.
Os supostos agentes esvaziaram o estabelecimento comercial, colocando os produtos em um camião basculante, sem a presença do proprietário.
Depois de procurar por respostas em diversas esquadras, o comerciante descobriu a existência de outro mandado de busca e captura em seu nome, que mencionava uma pena de 24 anos, sem nem mesmo ter sido dito do que era acusado, mas foi solto após 15 dias na cadeia Central.
A filha do comerciante que se mostrou claramente indignada com a falta de transparência no processo jurídico, pede para que pelo menos haja esclarecimento sobre os crimes pelos quais o seu pai é acusado, pois ele pode desenvolver traumas psicológicos pela prisão e por perdido tudo que tinha e ninguém vai responsabilizar-se.
A estrutura do bairro diz ter recebido um mandado "estranho" que nem ela percebeu e apelou que esperassem pelo dono antes de esvaziar a loja, e se mostra solidária à família, pedindo também esclarecimentos por parte das autoridades.
O SERNIC diz que os produtos foram adquiridos de forma ilegal no âmbito das manifestações, por isso houve apreensão e todos os produtos foram conduzidos ao tribunal.
Por conseguinte, o SERNIC afirmou que o proprietário só apresentou comprovativos de compra de fardos de roupa usada e sacos de arroz, mas não apresentou comprovativos de compra de bebidas alcoólicas e não alcoólicas.
Fonte tvmiramar