RENAMO denuncia crise pós-eleitoral na Guiné-Bissau e alerta para retrocessos democráticos na região


 O Partido RENAMO expressou forte preocupação quanto ao clima político pós-eleitoral na República da Guiné-Bissau, sublinhando que o país enfrenta uma suspensão da ordem constitucional e uma tomada de poder à margem dos princípios democráticos.

Num comunicado oficial, o partido exorta as autoridades guineenses a procederem à publicação oficial dos resultados das eleições gerais de 23 de Novembro, reconhecidas pelas missões de observação da União Africana, CEDEAO e CPLP como pacíficas, ordeiras e regulares. A RENAMO defende que a reposição da normalidade democrática implica ainda a libertação dos presos políticos e o retorno do funcionamento das instituições democráticas.

A organização política moçambicana manifesta também inquietação relativamente à situação na Tanzânia, pedindo a libertação imediata de todos os detidos sem culpa formada após as eleições de 29 de Outubro. De acordo com a RENAMO, o processo eleitoral tanzaniano, considerado pela União Africana como não democrático, foi marcado por intimidações de forças de defesa e segurança, violação da Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Governação (2007) e exclusão de destacados opositores.

Em relação ao Uganda, que realizará eleições a 15 de Janeiro de 2026, a RENAMO espera que o processo respeite integralmente os direitos humanos, as liberdades políticas e as garantias da oposição. O partido condena ainda a detenção de centenas de simpatizantes da Plataforma da Unidade Nacional.

A RENAMO conclui alertando que a tentação golpista, a violação de direitos políticos, a falta de transparência governativa e a manipulação eleitoral continuam a comprometer o desenvolvimento do continente africano e a frustrar as aspirações das novas gerações.

O comunicado é assinado por Manuel Massungue, Chefe de Departamento.


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