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Tudo começou na sexta-feira, quando passageiros com viagem marcada para as 20h50 foram surpreendidos com o cancelamento do voo, cujo check-in estava previsto para as 18h. Ao chegarem ao aeroporto por volta das 18h30, foram informados de que o voo tinha sido remarcado para sábado, às 8h50, com início do check-in às 6h.
No sábado, os passageiros regressaram ao aeroporto no horário indicado, realizaram o check-in e deram entrada na sala de embarque por volta das 7h30 para o voo 151, com destino a Maputo. Apesar da aeronave ter chegado cerca das 8h, o embarque não ocorreu. Uma assistente da LAM informou apenas que não havia previsão para o voo, sem apresentar explicações, deixando os passageiros retidos numa sala de embarque sobrelotada e sem ventilação adequada.
Por volta das 10h, aterrou um avião proveniente de Maputo, com escala em Nampula e destino a Lichinga, que depois de cumprir a rota regressaria a Maputo, transportando passageiros do voo das 13h. Entretanto, os passageiros do voo 151 continuavam na sala de embarque, sem terem sido evacuados ou reacomodados.
A situação agravou-se quando a companhia iniciou o check-in para novos passageiros do voo das 13h, que seriam embarcados na aeronave vinda de Lichinga com destino a Maputo, deixando para trás os passageiros do voo 151, que aguardavam desde cedo. A decisão gerou revolta, sobretudo porque entre os afetados encontravam-se um noivo e uma noiva que tinham casamento marcado para aquele dia.
Os passageiros reclamaram prioridade, alegando terem sido os primeiros a efetuar o check-in. Houve momentos de tensão, com movimentações por diferentes acessos, incluindo sala VIP e portas de desembarque, levando inclusive à intervenção da polícia. Em protesto, alguns passageiros fecharam as portas da sala de embarque.
Após longas horas de espera e impasse, os passageiros do voo 151 só conseguiram viajar por volta das 23h, encerrando um episódio marcado por atrasos, falta de informação e queixas de má gestão por parte da companhia aérea.
