
O chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Africana (UA) para as eleições gerais na Guiné-Bissau, Filipe Nyusi — antigo Presidente de Moçambique — apelou à publicação urgente dos resultados eleitorais, afirmando que não existe qualquer justificação para o atraso após um processo considerado pacífico e transparente.
Em declarações à Rádio Moçambique, Nyusi destacou que “as eleições correram bem e existe vencedor”, acrescentando que mesmo adotando uma postura mais contida, “existem resultados e esses resultados devem ser publicados. Não se pode evitar. Por que se evita?”
O responsável manifestou estranheza quanto à falta de clareza na fase pós-eleitoral, recordando que todo o procedimento decorreu sem incidentes até ao fecho e selagem das urnas. “Porque se aceitou que houvesse eleições lá? Porque até à última hora, quando se fechou a urna, não havia esse problema. Então existem resultados. Têm que ser publicados”, afirmou.
Nyusi reforçou que a missão da União Africana não tem competência para proclamar vencedores, mas sublinhou que a transparência é fundamental para garantir a confiança dos cidadãos e da comunidade internacional.
As eleições, realizadas no final de novembro, foram inicialmente elogiadas por observadores nacionais e internacionais devido à sua organização e à forte participação popular. Contudo, a ausência de divulgação oficial dos resultados tem alimentado incertezas e especulações sobre o futuro político da Guiné-Bissau.
Fonte Dw