
As Missões de Observação Eleitoral da União Africana, da CEDEAO e do Fórum dos Anciãos da África Ocidental emitiram uma declaração conjunta sobre a situação pós-eleitoral na Guiné-Bissau, após as eleições presidenciais e legislativas de 23 de novembro de 2025.
Os observadores felicitaram o povo guineense pelo elevado civismo demonstrado durante o processo eleitoral, destacando a atuação responsável das mesas de voto, agentes de segurança, mandatários partidários e candidatos, o que permitiu uma votação calma, ordeira e pacífica.
Contudo, as missões expressaram “profunda preocupação” com o anúncio de um alegado golpe de Estado por parte das forças armadas, num momento em que o país aguardava a divulgação dos resultados. Segundo o comunicado, o anúncio ocorreu logo após os observadores concluírem encontros com os dois principais candidatos presidenciais, que reafirmaram a sua disponibilidade para aceitar a vontade popular.
As organizações deploraram aquilo que classificam como uma “tentativa flagrante” de perturbar o processo democrático e os progressos alcançados, apelando à União Africana e à CEDEAO para tomarem medidas adequadas de forma a restaurar a ordem constitucional.
A declaração também manifesta preocupação com a detenção de altos responsáveis ligados ao processo eleitoral. As missões apelam à libertação imediata desses oficiais, defendendo que tal é essencial para que o processo eleitoral seja concluído com normalidade.
