Albino Forquilha Suspeito de Forjar Contrato de Arrendamento para Reclamar Indemnização de 8 Milhões no Caso Adriano Nuvunga

Albino Forquilha, dirigente do partido PODEMOS e figura frequente em polémicas do panorama político moçambicano, volta a estar no centro de um novo escândalo. Desta vez, é acusado de falsificação documental com o objetivo de sustentar uma exigência de indemnização milionária no processo que mantém contra o activista Adriano Nuvunga — processo esse que se encontra suspenso.

Segundo a denúncia, Forquilha terá apresentado ao tribunal um contrato de arrendamento alegadamente forjado, que serviria como prova de prejuízos financeiros causados por Nuvunga.

Alegações e evolução do processo

O caso remonta a acusações feitas por Nuvunga, que afirmou ter sido perseguido por Forquilha após revelar que este teria recebido cerca de 19 milhões de meticais provenientes de fundos eleitorais. Forquilha reagiu movendo um processo contra o activista, reclamando oito milhões de meticais por danos morais e cinco milhões por danos patrimoniais.

No entanto, uma das peças-chave do processo — o contrato de arrendamento — levanta agora sérias suspeitas. De acordo com informações do Tribunal Judicial do Distrito Municipal KaMpfumo, o documento poderá ter sido fabricado com o propósito de simular prejuízos financeiros.

Foi ainda reportado que a pessoa apresentada como arrendatária do imóvel negou qualquer relação contratual com Forquilha, classificando o documento como falso e afirmando nunca ter recebido quantias alegadas pelo dirigente político.

Divisão do valor exigido e possíveis motivações

Com base na documentação apresentada, Albino Forquilha solicita uma indemnização total de oito milhões de meticais por “danos morais” e cinco milhões por “danos patrimoniais”. Entre os alegados danos materiais, destaca que pagou um espaço arrendado por 50 mil meticais mensais durante oito meses.

Contudo, se o documento for comprovadamente falso, o caso poderá transformar-se num processo criminal por falsificação, além de levantar dúvidas sobre a legitimidade da acção movida contra Adriano Nuvunga.

Outras polémicas e contexto político

Em paralelo, Moçambique vive uma onda de insegurança agravada por confrontos, vídeos virais sobre agressões e alegadas ligações de grupos locais a figuras com influência política. O episódio recente no território conhecido como “Seis Carros”, onde se verificou violência envolvendo indivíduos armados e familiares de altas figuras públicas, aumentou as tensões sociais.

O governo provincial defende que está a investigar o caso e que continua a garantir a ordem pública, apesar das denúncias de impunidade e da crescente desconfiança da população.


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