O Tribunal Administrativo (TA) apresentou dados preocupantes sobre o aumento da dívida pública durante o último ano de governação de Filipe Nyusi, revelando um cenário financeiro crítico para Moçambique.
Segundo o relatório, apenas nos primeiros quatro meses de 2024, a administração de Nyusi recorreu ao Banco Central para obter 24,5 mil milhões de Meticais (aproximadamente 382,8 milhões de dólares) com o objectivo de cobrir salários e outras despesas do Estado. O documento indica que este valor não foi restituído, contrariando a legislação em vigor.
O TA sublinha ainda que, no exercício económico de 2024, a dívida pública total atingiu 1,044 bilião de Meticais (cerca de 16,3 mil milhões de dólares), tornando-se o montante mais elevado de todo o quinquénio. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pela dívida interna, que registou o maior aumento no período analisado.
De acordo com o relatório, os créditos contraídos pela anterior administração violaram parâmetros estabelecidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial, agravando o quadro financeiro do país e limitando a margem de manobra do Governo actual.
