
O Secretário-Geral do partido ANAMOLA, Messias Uarino, anunciou esta terça-feira, na província da Zambézia, o cancelamento da sua visita a outros distritos da região, após o que descreveu como uma tentativa de assassinato.
De acordo com Uarino, uma viatura com movimentos suspeitos foi avistada repetidamente pela sua equipa de segurança, levantando fortes indícios de uma possível emboscada. “Durante a tentativa de abordagem, o carro colocou-se em fuga. A primeira medida, depois de ter sido evacuado, foi entrar em contacto com o comandante distrital, que me recebeu no gabinete por volta das 19h às 20h, e partilhei com ele esta informação”, relatou o dirigente.
Face à gravidade da situação, o líder partidário decidiu anular a sua missão de trabalho e regressar a Maputo, onde espera que a questão seja analisada “a nível central”. “Por uma questão de segurança, tenho de cancelar a viagem e regressar à capital para discutir estas preocupações”, sublinhou.
Messias Uarino denunciou ainda que membros do ANAMOLA estão a ser perseguidos e assassinados por “indivíduos desconhecidos”. “Estamos a ser caçados. Há colegas que desapareceram e foram mortos. Repudio estas atitudes e apelo aos mandantes e a quem estiver por trás — talvez ligados ao governo ou a algum partido — para refletirem, pois estas ações podem reacender a fúria popular, e nós não conseguiremos controlá-la”, advertiu.
O dirigente defendeu também a necessidade de uma nova abordagem política em Moçambique, baseada na democracia real, no conflito político saudável e no respeito efetivo pelos direitos humanos. “É tempo de tornarmos a democracia verdadeira. O conflito democrático deve ser autêntico, e o respeito pelos direitos humanos deve ser real”, concluiu.
Fonte Hora da Verdade