
A segunda parte da Auscultação Popular do Partido ANAMOLA decorreu sob um ambiente de intenso debate e reflexão, centrando-se em temas de grande relevância jurídico-constitucional e económico-fiscal. O evento contou com a presença de distintas personalidades académicas e políticas, que partilharam análises críticas sobre os desafios estruturais de Moçambique.
O Dr. William Tonet, que viajou de Angola especialmente para o encontro, apresentou um estudo comparativo entre as ordens constitucionais de Moçambique e Angola, destacando fragilidades comuns e a necessidade urgente de uma reforma constitucional profunda e inclusiva. O académico sublinhou que as competências do Chefe de Estado devem respeitar os princípios da separação e interdependência de poderes, consagrados na Constituição moçambicana.
Na vertente económica, o Dr. Roberto Tibane fez uma análise detalhada do sistema económico e fiscal do país, apontando que a atual estrutura tributária não tem beneficiado de forma justa o povo moçambicano. Tibane defendeu reformas que promovam maior justiça social, transparência e desenvolvimento sustentável, como pilares para o crescimento equilibrado da nação.
Os debates foram marcados pela diversidade de opiniões e pelo compromisso coletivo de repensar o futuro político e económico de Moçambique.
O evento contou ainda com um momento cultural protagonizado pela orquestra Kutsua Stringas, cuja atuação emocionou o público e simbolizou harmonia e unidade nacional.
No encerramento, o presidente do partido, Venâncio Mondlane, reafirmou que o processo de Auscultação Popular chegará a todas as localidades e distritos do país, garantindo que nenhuma voz moçambicana fique excluída deste exercício de cidadania e soberania popular.
O encontro terminou com uma foto de família, gesto simbólico que representou união, compromisso e esperança num futuro melhor para Moçambique.
“Este país é nosso. Salve Moçambique!”