
O Presidente de Madagáscar anunciou uma nova medida que impede todos os ministros em exercício, incluindo ele próprio, de possuir passaporte internacional de outra nação ou dupla cidadania.
“Todo Ministro em exercício de Madagáscar, incluindo eu próprio, não deverá possuir passaporte internacional de outra nação nem dupla cidadania”, declarou o chefe de Estado, sublinhando o compromisso com a soberania e a lealdade exclusiva ao país.
O Presidente justificou a decisão afirmando que um dos maiores desafios que assolam o continente africano é o facto de muitos líderes possuírem cidadania estrangeira, o que, segundo ele, enfraquece o compromisso com as nações que governam.
“Muitos líderes mostram pouca preocupação com o bem-estar do seu povo, pois sabem que podem recorrer ao seu segundo país para melhores cuidados de saúde ou oportunidades, caso a situação se deteriore”, afirmou.
Numa crítica direta à antiga liderança, o Presidente recordou que o seu predecessor viajava frequentemente para França para usufruir de luxos, como hambúrgueres, enquanto a população malgaxe enfrentava sérias dificuldades económicas.
Esta medida é vista como um passo simbólico e político para reforçar a integridade do governo e promover uma cultura de responsabilidade e dedicação ao país.