“ A MANDIOCA E PEQUENA MACHAMBA”

A política nos levou até aqui

Hoje vivemos totalmente divididos

Hoje já não se avalia discurso, hoje as pessoas procuram encontram falhas e quando não encontra elas criam, porque objetivo é mesmo atacar, e isso está a funcionar em todos partidos políticos.

Tipo é Vez Vez….e desta vez foi mesmo a vez do Venâncio Mondlane. Conseguiram encontrar um jeito de criarem uma falha em uma palavra certa para atingir o político.

O caso da viúva do falecido advogado Elvino Dias 

Este caso é a prova do que venho falando, mostra bem o tipo de política que estamos a viver em Moçambique. Durante o programa Moçambique em Concerto, apresentado por Gabriel Júnior, Esmeralda foi questionada sobre como tem se sustentado desde a morte do seu marido.

 Com humildade e sinceridade, respondeu que tem vivido com a “boa vontade das pessoas” que a ajudam e com o trabalho da sua “pequena machamba”, onde produz “mandioca”. Era uma resposta simples, sem segundas intenções, mas bastou isso para que alguns transformassem aquelas palavras num motivo de ataque político. Pegaram na fala de uma viúva, torceram o seu significado e usaram como isca para atacar Venâncio Mondlane e o movimento ANAMOLA.


Em nenhum momento ela disse que não recebeu ajuda do Venâncio ou do partido. Ela apenas explicou que, além da ajuda que recebe, também trabalha com as próprias mãos. Quis mostrar que é uma mulher de esforço, que não vive só à espera dos outros, e que a machamba é a forma dela lutar pela vida. Mas as pessoas preferiram entender ao contrário. Transformaram um gesto de dignidade em motivo de crítica, apenas porque queriam criar barulho. É triste ver como, em vez de se elogiar o trabalho e a coragem, se prefere espalhar ódio e confusão.


Aliás, deixa-me retificar está parte, eles não entenderam mal, eles entenderam muito bem o que a Esmeralda disse, mas, aproveitaram usar isso como a arma, e já que o povo menos pensam, lá vão cantando nos grupos do WhatsApp, “a viúva está sendo usando-a, afinal não recebe ajuda do partido “? Aquele mano que vocês conhecem já começou a fazer isso, está usando todo seus esforços e até já elogia a Renamo. Upsiii


Tive a oportunidade de participar como convidado no Conselho Nacional da ANAMOLA, na Beira. E testemunhei com os meus próprios olhos o compromisso que o partido fez  um documento assinado onde o ANAMOLA, assumiu cuidar dos filhos do Elvino Dias até à universidade.

Aqui está o link da notícia https://www.facebook.com/100063960763876/posts/1265174898957857/?app=fbl


VOLTANDO


Este episódio mostra o quanto a política moçambicana se tornou perigosa. Já não existe debate de ideias, existe caça às falhas. Qualquer palavra pode virar munição, qualquer metáfora pode ser usada como insulto. O que devia ser diálogo virou guerra, e o adversário político passou a ser tratado como inimigo. 


Há uma guerra muito forte entre os partidos políticos, as figuras de estilo já não tem significado, bem ironia nem metáfora, perdeu seu valor e sentido.

Vivemos uma fase em que muitos já não pensam por si mesmos. As pessoas são facilmente levadas por comentários e publicações das redes sociais. Já não há tempo para reflexão, nem para autocrítica. Muitos moçambicanos estão a viver movidos por vento o vento das redes, o vento da raiva, o vento das páginas que só publicam o que cria polémica. 


Família, Moçambicanos facilmente estão a ser recrutados para odeio, pior alguns até são acadêmicos, pessoas responsáveis.

Já não se procura a verdade, procura-se o que causa barulho. Hoje, a política tornou-se um jogo sujo onde o objetivo não é convencer, é destruir. Cada lado vive à espera que o outro cometa um pequeno erro, uma frase mal colocada, uma ironia, só para transformar aquilo em arma. E quanto mais ruído fizer, mais “sucesso” parece ter.


As redes sociais, que podiam servir para informar e ensinar, viraram campo de batalha. E, nesse campo, a verdade pouco importa. Importa vencer o momento, mesmo que seja com mentira.


O caso da viúva de Elvino Dias devia servir de lição. Devia fazer-nos pensar sobre o tipo de sociedade que estamos a criar. Uma mulher simples, que falou com honestidade, foi usada para espalhar ódio. E tudo porque vivemos um tempo em que pensar dá trabalho. Os jovens já nem gostam de ler, esperam sempre para ouvir e seguir o vento.

Se continuarmos neste caminho, não sabemos onde Moçambique vai parar daqui a cinco ou dez anos. Um país que se alimenta de ataques, cedo ou tarde, morre de divisão, aliás já estamos divididos, o que será pior ?


HORA DA VERDADEHORA DA VERDADE

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