O Rio de Janeiro vive momentos de autêntica guerra urbana desde a madrugada de segunda-feira, 28 de outubro, com o início da megaoperação policial “Operação Contenção”, que decorre nos complexos do Alemão e da Penha — áreas fortemente dominadas por facções criminosas.
De acordo com informações oficiais divulgadas na terça-feira, 29 de outubro, a operação já resultou em mais de 60 mortos e dezenas de feridos, incluindo quatro agentes das forças de segurança.
As autoridades confirmaram ainda a detenção de 81 pessoas e a apreensão de armamento pesado, entre o qual se encontram fuzis e granadas.
Moradores das comunidades atingidas relatam um clima de medo e incerteza. Escolas, comércios e transportes permanecem suspensos, e muitas famílias continuam isoladas dentro de casa.
“Não se dorme, é tiro o dia todo. Parece que estamos no meio de uma guerra”, declarou uma residente do Complexo da Penha à imprensa local.
A operação, considerada uma das maiores dos últimos anos, continua em andamento. Especialistas em segurança pública alertam, contudo, que a violência não será contida apenas com ações policiais, enquanto não forem enfrentadas as causas estruturais que fortalecem o poder das facções e milícias.
Com o aumento dos confrontos e das vítimas, o Rio de Janeiro volta a ser símbolo da crise de segurança pública no Brasil, onde a luta entre o Estado e o crime organizado ganha contornos de um verdadeiro conflito urbano.
Fonte: Hora da Verdade
