
O Governo moçambicano prevê um gasto total de 535,6 mil milhões de meticais em 2026, de acordo com o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE). Este valor representa um aumento de 22,8 mil milhões em relação ao orçamento de 2025, uma escalada que contraria o discurso de austeridade defendido pela administração do Presidente Daniel Chapo.
A maior fatia do orçamento será destinada ao funcionamento do Estado: 370,2 mil milhões de meticais, o equivalente a 69,1% da despesa total. Esta rubrica inclui salários, subsídios, bens e serviços e encargos da dívida pública. As despesas com pessoal absorvem a maior parcela do orçamento funcional, totalizando 217 mil milhões de meticais (58,6%).
O Governo justifica o aumento com a necessidade de novas admissões nos setores prioritários. Está previsto o recrutamento de 3.962 novos funcionários para a Educação, Saúde, Agricultura e Justiça, com um impacto orçamental de 1,1 mil milhões de meticais.
Para investimento, o Estado reservou 107,5 mil milhões de meticais, cerca de 20,1% da despesa total, o que, apesar de ser um crescimento face a 2025, mostra que a maior pressão continua a ser o custeio da máquina estatal.
Apesar das promessas de contenção e rigor nas contas públicas feitas pelo Presidente Daniel Chapo, os números do PESOE 2026 revelam que a anunciada política de austeridade ainda não se materializou na prática.
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