Deputado responde a apelo de Zebito e defende Fundo de Desenvolvimento Local como instrumento de inclusão económica**

O recente lançamento do Fundo de Desenvolvimento Local (FIDEL) pelo Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, tem gerado intenso debate público. De um lado, o comentador Zebitocritica a iniciativa, classificando-a como uma “má estratégia económica”; do outro, o deputado da Assembleia da República, Elísio de Sousa, defende que o programa é uma ferramenta essencial para promover a capacitação e a inclusão financeira dos moçambicanos.

Zebito contestou a medida, argumentando que o Governo deveria concentrar-se na reabilitação de indústrias paradase no investimento em sectores produtivos.

> “O dinheiro não se distribui. Nós temos fábricas paradas neste país. Por que não reabrir a Mabor ou a Vidreira, em vez de andar a distribuir dinheiro?”, questionou.

O comentador sublinhou ainda que as prioridades nacionais deviam centrar-se na criação de empregos e na melhoria dos serviços públicos, apontando a falta de medicamentos e equipamentos hospitalares como exemplo.

> “Temos hospitais sem medicamentos e as pessoas estão a morrer. Vamos usar o dinheiro para fazer coisas sérias”, defendeu.

Em resposta, o deputado da Frelimo, Elísio de Sousa, publicou uma carta aberta intitulada “Investir nas pessoas, capacitando-as para criar riqueza, é o investimento mais sábio e duradouro que uma nação pode fazer”, onde refuta as críticas e esclarece os objetivos do programa.

> “O Programa de Apoio ao Empreendedorismo, incorrectamente caracterizado como mera ‘distribuição de dinheiro’, é um instrumento de inclusão financeira produtiva. O seu desígnio não é a esmola, mas sim a capacitação”, escreveu o deputado.

Zebito manifestou ainda receios de que o FIDEL beneficie apenas quem já tem condições económicas, deixando de fora os mais pobres.

> “As pessoas pobres, que não têm empresa nem documentos, não terão acesso”, alertou.

Elísio de Sousa respondeu que o fundo foi concebido para ser acessível a todos, incluindo empreendedores informais.

> “A assistência técnica nas candidaturas e a simplificação dos requisitos demonstram o compromisso com a base da nossa sociedade”, garantiu.

O deputado reconheceu a importância de revitalizar indústrias como a Mabor e a Vidreira, mas salientou que essa estratégia não exclui o apoio a pequenos negócios.

Reativar a grande indústria e, em simultâneo, fertilizar o ecossistema de pequenos negócios são acções complementares, não mutuamente exclusivas.”

Enquanto Zebito apelou a Chapo para “parar de distribuir dinheiro”, o deputado reafirmou que o investimento nas pessoas é o caminho para o crescimento económico sustentável.

A visão do Presidente Chapo não é uma reacção à pobreza, mas uma projecção de prosperidade. Investir nas pessoas é o investimento mais sábio e duradouro que uma nação pode fazer”, concluiu.

Fonte Hora da Verdade 

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