Comandante-Geral da PRM denuncia envolvimento de agentes em tráfico de droga e mineração ilegal em Nampula

O Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Joaquim Sive, revelou esta quinta-feira (23) que alguns agentes da corporação em Nampula estão implicados em esquemas de tráfico de droga e em actividades de mineração ilegal.

A confirmação surge três meses após o desmantelamento, em Mogovolas, de uma rede criminosa que operava a partir do comando distrital da PRM. O caso, noticiado a 10 de Julho, levou à detenção do então comandante distrital, do chefe das operações e de três agentes, acusados de assaltos, vandalismo, protecção a garimpeiros ilegais e intimidação de empresários locais.

Durante a cerimónia de apresentação do novo comandante provincial da PRM, em Nampula, Sive classificou como “inadmissível” a participação de membros da polícia em actos criminais, frisando que essas práticas comprometem a credibilidade da instituição.

“Temos situações que nos preocupam, de colegas envolvidos em actos criminais, alguns com participação directa e outros orientando criminosos. Também há colegas envolvidos em actividades de mineração ilegal, com investigações em curso e indícios de participação de um ou dois elementos nossos. Temos de mudar essa realidade, porque mancha o esforço colectivo da polícia”, declarou Sive.

Citado pelo Jornal Rigor, o Comandante-Geral exortou a nova liderança em Nampula a combater com firmeza a corrupção interna e a restaurar a confiança da população.

Sive reforçou ainda a importância de fortalecer as acções de prevenção e resposta à criminalidade, sublinhando que, apesar dos desafios, a PRM deve “aprimorar os seus passos e antecipar-se aos fenómenos” que ameaçam a ordem pública.

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