
A cobrança de estacionamento numa cidade que não oferece infraestrutura mínima para acomodar veículos é um retrato claro da inversão de prioridades no planeamento urbano. Cobrar por um serviço que, na prática, não é entregue adequadamente é, no mínimo, uma forma disfarçada de penalização ao cidadão.
Mais do que um problema logístico, essa cobrança representa uma falha ética na gestão pública. A função de um sistema de estacionamento rotativo, por exemplo, deveria ser organizar o espaço urbano e facilitar o acesso ao comércio e aos serviços locais.
No entanto, sem vagas suficientes ou fiscalização eficiente, o que se vê é um ambiente hostil, onde motoristas circulam por longos períodos em busca de um lugar para parar, contribuindo para o trânsito caótico, a poluição e o estresse urbano.
by Alcides Nuvunga