Os governos militares de Burkina Faso, Mali e Níger anunciaram, na noite de segunda-feira, a retirada conjunta do Tribunal Penal Internacional (TPI). A decisão foi formalizada através de uma declaração da Aliança dos Estados do Sahel (AES), formada pelos três países, e é justificada com a acusação de que o TPI funciona como um “instrumento de repressão neo-colonial ao serviço do imperialismo”.
De acordo com o comunicado, a saída da instituição tem efeito imediato e representa, segundo os governos, um passo para “afirmar plenamente a sua soberania”.
A AES foi criada após os sucessivos golpes de Estado que afastaram estes países dos seus parceiros ocidentais tradicionais. Desde então, Burkina Faso, Mali e Níger têm reforçado a cooperação regional, sobretudo nos domínios da segurança e da política externa.
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