
As polémicas continuam a acompanhar o atual ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, com destaque para os resultados de diferentes auditorias realizadas a instituições por ele anteriormente dirigidas.
De acordo com informações apuradas, os relatórios referentes ao Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI), no período de 2006 a 2011, e à Agência do Vale do Zambeze (Conta Geral do Estado de 2017) foram conduzidos pelo Tribunal Administrativo e pela Inspeção-Geral de Finanças, em colaboração com a empresa Eurosis Consultoria e Formação de Gestão.
Contrariamente ao que havia sido noticiado em alguns serviços informativos, as auditorias não foram realizadas pela GLOBAL TITAN Contabilidade e Auditoria, S.A.
Segundo o Centro de Democracia e Direitos Humanos (CDD), a Agência do Vale do Zambeze — à época sob direção de Roberto Albino — herdou já um histórico de problemas de má gestão oriundos do antigo Gabinete do Plano do Zambeze, situação que se agravaria nos anos seguintes.
Em 2018, o Tribunal Administrativo voltou a chamar atenção para irregularidades significativas, desta vez evidenciadas na análise da Conta Geral do Estado de 2017, reforçando o cenário de fragilidades na gestão financeira das instituições sob tutela do atual ministro.
Estes sucessivos apontamentos levantam novas interrogações sobre a forma como foram administrados fundos e projetos em organismos públicos estratégicos para o desenvolvimento agrícola e regional do país.