ALUNOS RECOLHIDOS PELA POLÍCIA POR “DESVIAR” CARTEIRAS DA ESCOLA PARA FAZER CAMA EM CASA

Parece que não são apenas os traficantes de madeira que não querem ver os alunos sentados em carteiras em Moçambique: há alunos que também gostam de se ver - e aos colegas - sentados no chão, os tais inimigos do progresso. Ou talvez já se tenham acostumado ao cimento frio?

Na Escola Secundária de Mukatine, quase metade das salas de aula está sem carteiras. Das 150 carteiras que a escola possuía, 78 foram roubadas, supostamente pelos próprios alunos das 7.ª e 9.ª classes, quatro dos quais já foram recolhidos pela polícia.

Os alunos afirmam que retiraram tábuas de carteiras já estragadas, alegando: “Partiram há muito tempo e nós levamos, não sabíamos que iria prejudicar a escola.” Acrescentaram à Miramar que o objectivo do desvio era improvisar camas em casa: “Deixava tábuas embaixo e colocava meu colchão por cima.”

Os encarregados de educação defendem que a escola deveria ter chamado primeiro os pais antes de envolver a polícia. A direcção, pela voz de Adelaide Sulvai, afirma que só acionou a esquadra ao aperceber-se  da quantidade do material roubado, destaca que os prejuízos são incalculáveis e apelou às comunidades para que sejam guardiões dos empreendimentos escolares.

O distrito da Matola conta com 238 escolas, entre públicas e privadas, sendo 23 secundárias públicas, com um universo de 340 mil alunos. Das 411 turmas, muitas ainda funcionam ao ar livre, necessitando de 212 salas de aula e 5.346 carteiras.

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