O programa 6 às 9 recebeu, na manhã desta terça-feira, o académico Régio Conrado, que fez uma análise dos primeiros seis meses do novo governo, citou pelo menos seis pontos centrais.
Conrado afirmou que seis meses ainda são insuficientes para uma avaliação completa da governação. No entanto, apontou que Moçambique enfrenta um duplo desafio que é o desemprego e a pobreza juvenil. Para o académico, falar de pobreza significa ausência de condições mínimas de produção social, agravada por uma estrutura bancária que não responde de forma eficaz às necessidades de acesso ao crédito, sobretudo para os jovens.
Sobre as iniciativas do Presidente da República, Daniel Chapo, Conrado disse que o lançamento do Fundo de Desenvolvimento ataca directamente duas questões fundamentais: A insatisfação da juventude e a promoção de um desenvolvimento económico inclusivo. Sublinhou ainda que Chapo se apresenta como “o presidente das reformas”.
Em relação às recentes manifestações no país, o académico classificou-as como extremamente “violentas, criminosas e ilegais”. Conrado afirmou que não se tratou de simples reivindicações, mas sim de actos com elementos de subversão e incitação. Como exemplo, mencionou tentativas de invasão da piscina da Presidência da República e a tentativa de mudança da bandeira nacional. Apesar disso, reconheceu que a situação foi seguida por um esforço de diálogo nacional.
Texto: Elves Abel Mucachua
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