Nampula: Agentes da PRM e SERNIC acusados de roubo de ouro em Mogovolas voltam ao trabalho

O comandante distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM), o chefe das operações e três agentes —, que haviam sido detidos, no mês passado, por liderar liderar uma rede criminosa em Mogovolas, província de Nampula, regressaram aos seus postos e continuam a trabalhar no mesmo distrito onde são acusados de praticar crimes.

Segundo uma publicação do Jornal Rigor, o porta-voz do Tribunal Judicial de Nampula, Víctor Vilanculo, justificou em conferência de imprensa, a decisão da libertação com base no “termo de identidade e residência” e na avaliação de que não existia perigo de fuga nem risco de influenciar a investigação, que ainda decorre para esclarecer o processo.

Assim, os cinco voltaram a ter acesso aos mesmos recursos, informações e contactos que, segundo a investigação, terão sido usados para proteger garimpeiros ilegais, intimidar empresários e facilitar crimes desde 2024.

Recorde-se que os cinco agentes da Polícia e um elemento do SERNIC são acusados pelo roubo de quantidades de ouro e de outras quantidades de preciosas que estavam na posse de um estrangeiro.

Entretanto, o que inicialmente foi celebrado como sinal de mudança quando foram detidos, agora é visto como risco de comprometer a investigação e de reinstalar o clima de impunidade que marcou o distrito nos últimos anos.

Contudo, questionado sobre a decisão, o Secretário de Estado da Província de Nampula, Plácido Pereira, remeteu o assunto para as instâncias judiciais.

“O que deve ser analisado é por que foram libertados, se havia ou não provas. Como voltaram a trabalhar e porquê voltaram a trabalhar. Como não temos o processo, devemos, junto à justiça, primeiro ver o documento e o que é que ele diz. Ficou provado? Não ficou provado?”, afirmou.

O dirigente acrescentou que, sem acesso ao processo, não pode fazer qualquer avaliação conclusiva, reiterando que cabe à justiça esclarecer se existem fundamentos para as detenções e se a reintegração é juridicamente legítima.

Fonte MozNews 

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