
A Comissão Técnica para o Diálogo Nacional e Inclusivo (Cote) vai escolher seis personalidades da sociedade civil para os dez grupos de trabalho criados para avançar com reformas no país e aplicar o acordo de pacificação.
Segundo os termos do concurso, lançado hoje e que decorre até 30 de agosto, visa implementar a "materialização" do Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo, assinado em 5 de março entre o chefe de Estado, Daniel Chapo, e os partidos políticos, para pacificação do país após as manifestações e contestação violenta que se seguiram às eleições gerais de 9 de outubro, um mês depois transformado em lei.
O edital lancado pelo COTE com os termos de referência do concurso pede a candidatura "de cidadãos nacionais idóneos, qualificados e com experiência comprovada nas áreas relevantes abrangidas pelo Compromisso Político para Um Diálogo Nacional e Inclusivo", prevendo a seleção de seis com qualificações académicas, técnicas e experiência, para um mandato de dois anos.
Serão compostos por dez personalidades, "sendo seis de reconhecida competência e experiência nas áreas temáticas", provenientes da sociedade civil, setor privado, academia, associações, ordens profissionais e confissões religiosas.
Moçambique inicia em setembro a auscultação pública nacional no âmbito do diálogo político de pacificação, que prevê, entre outras matérias, um novo modelo eleitoral e a revisão da Constituição da República, anunciou em 15 de agosto pelo presidente da Cote, Edson Macuácua.
Fonte: Lusa