Moçambicanas vítimas de tráfico para fábricas de drones na Rússia


 Um esquema internacional de tráfico de pessoas está a atrair jovens africanas, incluindo moçambicanas, para a Rússia com falsas promessas de emprego. 

As mulheres, seduzidas por contratos lucrativos nos setores de hotelaria e alimentação, são na verdade forçadas a trabalhar em fábricas de drones e equipamentos militares em condições análogas à escravidão.

A investigação, inicialmente publicada pela agência Associated Press (AP), revela que jovens de países como Uganda, Ruanda, Quênia e Moçambique são aliciadas com passagens pagas e a promessa de altos salários. 

No entanto, ao chegarem à Rússia, têm os seus passaportes confiscados e são obrigadas a jornadas de trabalho de até 14 horas diárias, sem remuneração e sob vigilância armada.

O Contexto da Exploração

Especialistas e organizações internacionais, como a ONU Mulheres e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), alertam que esta prática está diretamente ligada à crescente procura por drones e armamentos, impulsionada pelo conflito na Ucrânia. 

A indústria militar russa, pressionada por sanções internacionais, estaria a recorrer a esta mão de obra obtida de forma coerciva.

A defensora dos direitos da mulher, Lina Mucavele, que acompanha o caso, classificou a situação como "tráfico humano e exploração laboral no seu estado mais grave", e apelou a uma ação urgente do governo moçambicano e à cooperação internacional para o repatriamento das vítimas.

A Resposta das Autoridades

Embora o número exato de moçambicanas afetadas ainda não tenha sido oficialmente confirmado, uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação afirmou que já foram abertas investigações em coordenação com as representações diplomáticas na região.

 Enquanto isso, familiares em Moçambique continuam sem notícias de suas parentes, que partiram em busca de um futuro melhor, mas encontraram um cenário de exploração e medo

Fonte Fred Jossias Show 

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