
O Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas anunciou a suspensão do concurso público do Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique, destinado à criação de uma plataforma digital para as cadeias de valor do algodão e oleaginosas.
O processo havia sido adjudicado à Future Technologies of Mozambique, uma sociedade anónima com apenas quatro meses de existência e que não cumpria os requisitos necessários.
A decisão foi tomada após denúncias apresentadas pelo Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) e pelo Centro de Integridade Pública (CIP), que apontaram fortes indícios de irregularidades.
No comunicado, o ministério confirmou não só o cancelamento do concurso, como também a exoneração de responsabilidades do ministro Roberto Albino.
A empresa vencedora é detida por Paulo Auade Júnior, filho do antigo governador de Tete, Paulo Auade, e sócio do próprio ministro através da Flamingo Investimentos na empresa DonaWafica Investiments Moçambique, SA, facto que intensificou as suspeitas em torno do processo.