
Em Angola, três líderes de organizações de taxistas foram detidos nesta segunda-feira, 11 de Agosto, por suspeita de associação criminosa e incitação à violência, na sequência da greve dos serviços de táxi de Julho último, que culminou com várias mortes e a destruição de estabelecimentos públicos e privados.
Segundo uma publicação da RFI, em reacção aos últimos protestos, o Conselho da República exortou os cidadãos angolanos a terem uma postura cívica e ordeira, encorajando os órgãos de defesa e segurança a prosseguirem com as medidas de garantia da ordem, tranquilidade e segurança públicas.
O porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola, Manuel Halaiwa, esclareceu que os responsáveis das organizações de taxistas foram detidos, nesta segunda-feira, 11 de agosto, pelos crimes de associação criminosa, incitação à violência e atentados contra a segurança dos transportes.
“Diligências subsequentes em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público, procedeu nesta segunda-feira, 11 de agosto, na cidade de Luanda, à detenção dos cidadãos nacionais identificados por Francisco Eduardo, presidente da ATA, Rafael Ginga Inácio, presidente da Cooperativa de Táxis Comunitários de Angola, CTCA, e António Alexandre Freitas, presidente da Cooperativa dos Taxistas e Motociclistas Freitas, CTMF, por factos que se configuram na prática dos crimes de associação criminosa, incitação à violência, atentado contra a segurança nos transportes e terrorismo. Consubstanciado em fortes indícios do seu envolvimento na promoção dos actos de vandalismo e arruaça contra bens e serviços públicos e privados protagonizados no final de Julho do corrente ano”, disse.
Face aos acontecimentos, o Conselho da República, reunido nesta segunda-feira, 11 de Agosto, apela à população a manter o civismo e respeito pelas autoridades, evitando a disseminação de desinformação nas plataformas digitais, segundo um comunicado lido pela conselheira, Paula Simon.
“O Conselho da República apela à população angolana à manutenção de uma postura cívica e ordeira, pautando pelo exercício responsável e consciente dos direitos e liberdades consagrados na Constituição da República de Angola e na Lei e pelo respeito às Autoridades, evitando, igualmente, a disseminação de desinformação nas plataformas digitais, de modo a se salvaguardar o bem-estar de todos”, descreve o comunicado.
Por fim, o Conselho da República, presidido pelo Presidente João Lourenço, encoraja os órgãos de defesa e segurança a prosseguirem com as medidas de garantia da ordem, tranquilidade e segurança públicas e a manutenção da paz social.
Fonte MozNews