ALEGAÇÕES DE EXTORSÃO EXPÕEM FRAGILIDADES NO SECTOR FLORESTAL MOÇAMBICANO

A empresa SAFI Timber Import & Export denuncia uma alegada tentativa de extorsão por parte de altos funcionários do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, na sequência da suspensão do seu certificado de exportação.

Em comunicado oficial emitido esta segunda-feira, 18 de Agosto, a SAFI Timber afirma ter sido pressionada a efectuar um pagamento ilícito de 15 milhões de Meticais, sob ameaça de cancelamento definitivo da licença. 

O pedido terá ocorrido a 12 de Agosto, através de várias chamadas telefónicas feitas a partir de diferentes números móveis.

Na mesma nota a empresa identifica directamente os supostos envolvidos: Imede Chafim Falume, director Nacional de Florestas e Fauna Bravia, e Renato Timane, assessor do ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas.

“A SAFI Timber declara de forma inequívoca: não pagaremos dinheiro de corrupção a ninguém”, lê-se no comunicado, no qual a empresa anuncia que irá accionar judicialmente os referidos indivíduos por actos de corrupção e extorsão.

A direcção da empresa denuncia ainda que a suspensão do certificado de exportação, decretada a 6 de Agosto, só foi notificada oficialmente sete dias depois, em violação do Código de Procedimento Administrativo. 

A SAFI Timber considera a decisão ilegal, alegando ausência de audiência prévia e falta de fundamentação legal.

A empresa afirma que tais práticas prejudicam gravemente a credibilidade do sector florestal moçambicano perante a comunidade internacional, além de causarem elevados prejuízos financeiros. 

Nesse sentido, solicita a intervenção da Procuradoria-Geral da República, do Tribunal Administrativo e do Gabinete Central de Combate à Corrupção para investigação e responsabilização dos visados.

Fonte Fred Jossias Show TTV

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