Nuvunga denuncia estratégia para afastar Venâncio Mondlane das eleições de 2028/2029

 

 O académico e ativista Adriano Nuvunga denunciou, esta semana, aquilo que considera ser uma manobra política encoberta pelo sistema judicial moçambicano, com o objetivo de afastar o político Venâncio Mondlane da corrida eleitoral de 2028 e travar o registo do seu partido político, a Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMALALA).

Em declarações contundentes, Nuvunga, que também dirige o Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), afirmou que “o processo movido contra Mondlane é puramente político e não jurídico”. Segundo ele, trata-se de uma tentativa clara de instrumentalizar a justiça para neutralizar adversários incómodos ao sistema vigente.

 Nuvunga diz que o país está perante um cenário preocupante em que a justiça é transformada numa arma política, onde objetivo é impedir a participação de Mondlane nas próximas eleições e inviabilizar a legalização do seu partido.

A situação tem gerado críticas de vários setores da sociedade civil e da oposição, que denunciam uma crescente repressão contra vozes dissidentes.

Mais incisivo, Nuvunga classificou como “terrorismo institucional” as ações de quem, segundo ele, deveria zelar pelo Estado de Direito. “O verdadeiro terrorismo é cometido por quem devia proteger. Quando as instituições do Estado são usadas para perseguir opositores, a democracia está em perigo”, alertou.

O caso de Mondlane soma-se a uma série de episódios recentes que levantam dúvidas sobre a independência dos órgãos de justiça em Moçambique, num contexto de tensão política crescente e preparação para as próximas eleições. 

Até ao momento, o Governo não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

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