
Jacinto Alfiado Vilanculo, empresário da localidade de Mapinhane, província de Inhambane, foi condenado a 28 anos de prisão pelo Tribunal Judicial de Inhambane, no âmbito do processo n.º 03/2024, que também condenou Manuel Sebastião Mungue pelos crimes de rapto e tráfico de órgãos humanos.
A sentença está a gerar polémica. Familiares de Vilanculo consideram a medida injusta e sustentam que não há provas materiais que sustentem a condenação.
Afirmam que a acusação partiu exclusivamente de Mungue, detido em Janeiro de 2023, após ter sido visto com uma criança nas imediações da propriedade agrícola de Jacinto. Perante a Polícia, Mungue apontou o empresário como o mandante do crime — versão que a família considera ser uma tentativa de vingança.
“Não há qualquer ligação entre o meu pai e esse indivíduo”, garantiu um dos filhos, acrescentando que Jacinto estava em casa com a família na data dos factos.
A defesa refere que a acusação se baseia apenas em declarações não corroboradas, e que os restos mortais encontrados na quinta do empresário podem ter sido plantados para o incriminar.
A família alega que Jacinto foi alvo de perseguição, movida por inveja e rancor de outros empresários locais. Após a condenação, relata-se que a residência da família foi vandalizada e que o empresário escapou por pouco a um linchamento popular.
A defesa interpôs recurso da sentença e aguarda resposta das autoridades judiciais. Enquanto isso, os familiares clamam por uma revisão do processo e por um julgamento justo, insistindo na inocência do chefe de família.
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