O presidente Vladimir Putin reforçou recentemente políticas que incentivam jovens mulheres a engravidar mais cedo, oferecendo pagamentos e benefícios extras. Segundo informações da agência Tass, o objetivo é conter a queda acentuada da população russa, que ameaça o crescimento econômico e a segurança nacional.
Mulheres que têm seu primeiro filho antes dos 25 anos podem receber até 850 mil rublos (aproximadamente 567 mil meticais), além de subsídios mensais enquanto a criança ainda é pequena.
Segundo especialistas citados pelo jornal Kommersant, Moscou vê o declínio populacional como uma "ameaça estratégica".
Em 2024, o número de nascimentos na Rússia atingiu o menor nível desde a Segunda Guerra Mundial, com pouco mais de 1,2 milhão de bebês registrados.
"Estamos diante de um desafio existencial", afirmou o demógrafo Alexei Raksha, em entrevista ao The Moscow Times.
Para tentar reverter essa tendência, além dos pagamentos diretos, o governo também oferece isenções fiscais, moradias subsidiadas e prioridade em creches para jovens mães.
Ainda assim, Putin insiste que "a família deve ser o centro da vida russa". Em discurso recente no Fórum Demográfico Nacional, o presidente afirmou: "Nossa pátria precisa de mais crianças, de famílias fortes e de jovens comprometidos com o futuro do país."
Enquanto isso, organizações internacionais de direitos humanos acompanham de perto essas políticas. Segundo a Human Rights Watch, programas que incentivam a gravidez precoce podem, se mal conduzidos, limitar as escolhas de jovens mulheres e aumentar desigualdades sociais.
POR: HORA DA VERDADE