No entanto, o contexto político e social revela uma realidade bem diferente.
O país atravessa uma fase sombria, caracterizada por uma escalada de ataques violentos por parte de esquadrões da morte contra opositores políticos do partido no poder, Frelimo, bem como contra acadêmicos, jornalistas, ativistas e defensores dos Direitos Humanos.
Esses ataques têm como alvo todos aqueles que criticam os 50 anos de gestão do partido no poder, evidenciando uma tentativa de silenciar a oposição e controlar a narrativa política.
A situação é agravada pelo fato de que o Estado, incluindo a polícia, parece estar sob controle da Frelimo, que teria capturado instituições essenciais, utilizando o aparato estatal para perpetuar sua permanência no poder, muitas vezes à custa da liberdade e segurança da população.
Como presidente da Frelimo, Chapo enfrenta uma decisão crucial: continuar permitindo a existência dos esquadrões da morte ou tomar medidas firmes para combatê-los.
A manutenção desses grupos, no entanto, contradiz suas promessas de promover uma sociedade democrática e respeitosa dos Direitos Humanos, colocando em risco a estabilidade e os avanços conquistados até então.
Especialistas alertam que, ao não agir contra esses grupos paramilitares, o presidente coloca em xeque sua credibilidade e ameaça a própria democracia do país.
SeA continuidade do terror e da impunidade podem levar a uma crise mais profunda, comprometendo o futuro de Moçambique.